Santa Tereza ainda era um pequeno povoado, em 1905, quando o imigrante Vergílio Franceschini contruiu sua casa de comércio.
Hoje, seu neto, o Sr. Oscar Prezzi, conta que a característica de vender tudo no mesmo lugar, bem ao gosto do colono, se mantém com sucesso até hoje.
O Armazém Prezzi vale uma visita demorada, com direito a uma prosa com o Seu Oscar e a uma descida ao porão, onde além de velhas balanças, garrafões vazios e quinquilharias está uma adega que é orgulho do proprietário.
Mas é justamente a tradição de secos e molhados que faz o encanto do lugar. Ali você encontra tudo o que puder imaginar: tecidos em metro, camisas e vestidos, liquidificador, flores artificiais, tapetes, desodorante, pilhas, santinhos, brinquedos, louças, linhas de costura, sabão, bebidas, bijuterias, erva mate, arroz, feijão, etc., etc., etc.
Impossível enumerar os itens distribuídos pelas prateleiras, numa curiosa mistura gêneros e de cores.
Santos convivem com bebidas, chapéus e lâmpadas.
Fotos de família posam ao lado de folhinha com Jesus Cristo, facas e serrotes.
Bonecas dormem ao lado de tubinhos de Desodorante Avanço e até mesmo um Padre Reus abençoa a venda de ovos a granel, encostado a uma cafeteira.
A arquitetura de tudo isso resulta numa incrível sensação de volta ao passado e
nos faz pensar que os armazéns como o Prezzi foram os precursores dos nossos atuais
shopping centers: tudo num só lugar.
2 comentários:
Os shopping centers redescobriram a velha fórmula: reunir a freguesia de todos os lugares num só ponto comercial. Foi assim que nasceram as redes comerciais como o Zaffari no interior de Erechim, as lojas Grazziotim no interior de Passo Fundo, as lojas Quero-Quero em Santo Cristo, além de muitos outros exemplos Rio Grane do Sul afora.
O texto e as fotos evocam a memória viva de nossa economia rural-urbana, mostrando a miríade de mercadorias e hábitos de nossos agricultores.
E viva Santa Tereza!
Olá Silvana! Que feliz fiquei ao ver no seu blog uma parte da história da minha família, mas que eu não conheço pessoalmente, somente pelas histórias dos meus avós e tios. Sou bisneta do Sr. Virgílio Franceschini, neta do Sr. Ernesto Franceschini, seu filho. Meu avô já é falecido há anos, mas através dele ouvi falar muito de Santa Tereza, da casa do nono, dos Secos e Molhados! É um sentimento de muita honra e muito orgulho mesmo, ver que mesmo nos dias de hoje, a história da minha família segue viva!!!! Parabéns pela matéria! Espero visitar Santa Tereza em breve! Um abraço e muito obrigada!
Juliana Aires Franceschini.
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