Enquanto ela espreita pelo portão abandonado, o fantasma solitário toca Chopin atrás da janela. Ela sonha com vidas passadas. Salões. Castiçais. Relógios de pêndulo. Coisas que até nem existem mais.
Ao vê-la pelas frestas ele e o piano quase adquirem vida. Sem saber que ela não escuta. Sem saber que ela nem sabe. Então, ela se afasta do portão. Meio tonta, meio zonza, feito alma penada. E a casa fica novamente naquele silêncio. Abandonada.
3 comentários:
Que lindo o Foto e Contexto.
E que inspirado o texto. Belo texto.
Parabéns!
Marcelo De Angelis
deangelix.@wordpress.com
Prezada Silvana,
Realmente você tem muitos talentos. Gosto da foto mas me dei por conta que você tem tambem une inspiração digna do Plutarco !
O estranho é que mesmo sem compreender todas as palavras tenho prazer em lê-las. Tem ritmo e, diria, "musicalidade" (não sei se a palavra existe em português...). Parabens !
Beijo.
Nicolas
Meio triste, não? Mas, melancolicamente ...interessante.
O texto é teu?
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