
Não sou fanática. Nem daquelas que passam o dia atendendo ligações, passando torpedos, baixando toques e fazendo fotos, até porque não tenho tempo pra isso. Mas essa semana descobri que não é fácil viver sem esse rico aparelhinho chamado celular.
Foi numa dessas tardes de atucanação, que só quem trabalha num posto de saúde sabe como é: atendimentos de emergência, tensão e pressão. Meu velho amigo Nokia, modelo antigo, tecnologia ultrapassada, que estava no bolso de trás da calça caiu, adivinhem onde... É. Lá mesmo onde você está pensando, dentro d'água. E, sim: eu tive que botar a mão lá e pegar o que restou dele!
E assim se foram por água abaixo todos os meus contatos. Eu, que sou mulher prevenida, até tinha transferido minha lista de contatos para o computador. Doce ilusão. Fui descobrir que aquele programinha de backup só era compatível com o modelo antigo...
Em suma: Para quem tem péssima memória como eu, foi um desastre. Só não fiquei sem pai nem mãe porque da mãe a gente não esquece o número. Amigos, colegas, pacientes, empresas, telentregas, os íntimos e os apenas conhecidos, todos ficaram fora do meu alcance de uma hora pra outra. Solidão? Que nada... Apenas uma sensação de ficar um pouco fora da tomada.
Lá fui eu à cata de agendas de papel (ainda tem quem use?), velhas anotações, caderninhos. Uma velha agenda eletrônica quebrou algum galho, mas vá saber se os números ali registrados são atuais. Hoje em dia o povo muda mais de celular do que de escova de dente! Só me restou enviar e-mails pra quem foi possível e aguardar a boa vontade das pessoas em me enviar seus telefones.
O lado bom (sempre tem um, né?) é que estou de Nokia novo, bem lindinho. Também, só assim para uma conservadora como eu trocar de aparelho! Claro que o vendedor queria me empurrar um modelão bacana, com câmera de trocentos pixels, gps, mp3, possibilidade de daqui a um tempo ver a imagem de quem me liga e lá sei eu o que mais. Pra que tudo isso, gente? Ele fala? Faz ligação? Recebe mensagem? Então tá mais que bom. Sou do tempo em que telefone é pra falar com alguém à distância. Ponto. E não me venham oferecer essa coisa de ver a cara do outro ao atender a ligação. Já pensou em ter que pentear o cabelo ou passar batom cada vez que atender uma chamada?
Bom, estou contando essa história toda pelo seguinte: se você que está lendo essa postagem é meu amigo, mero conhecido, íntimo ou nem tanto e quiser me fazer um favor, alô, alô: me ligue ou mande um mail com o número do seu telefone. Obrigada e desculpe o incômodo!
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