
Naquela vida que não me lembro devo ter sido outro tipo de pessoa. Um explorador, um pirata, navegador, índio... Devo ter me criado no mato, de pés descalços, andando na floresta, me orientando pelas estrelas num tempo em que não havia luz elétrica. Ah, eu gosto de luz elétrica e de banho quente, sim. Eu gosto de tecnologia, de novidade, de modernidade. Mas nada me descansa no mundo urbano. Descanso é na noite bem escura, no cheiro de bosta de vaca, na onda que bate nas pedras e na trilha do meio do mato onde cantam muitas cigarras. Descanso é usar uma bússola e não precisar de sinaleiras.
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